quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Dom Ramon Angel Jara


Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus...
Pela constância de sua dedicação,
tem muito de anjo...
Que sendo moça, pensa como uma anciã...
Sendo velha, age com todas as forças da juventude...

Quando ignorante, melhor que qualquer sábio
desvenda os segredos da vida...
E, quando sábia, assume a simplicidade das crianças...

Pobre, sabe enriquecer-se com afelicidade dos que ama...
Rica, empobrece-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos...

Forte, estremece ao choro de uma criancinha...
Fraca, entretanto, se alteia com a bravura dos leões...
Viva, não lhe sabemos dar valor, porque à sua sombra todas as dores se apagam...
Morta, tudo o que somos e tudo o que temos, daríamos para vê-lade novo
E dela receber um aperto de seus braços, uma palavrade seus lábios...

Não exijam de mim que diga o nome dessa mulher, se não quiserem que ensope de lágrimas essa mensagem, porque eu a vi passar em meu caminho...

Quando crescerem vossos filhos, leiam para eles esta página...
Eles vos cobrirão de beijos a fronte e vos dirão que um pobre viajante, em troca de suntuosa hospedagem recebida, aqui deixou para todos o retrato de sua própria MÃE...